SANTA
SÉ APRESENTA O BRASÃO DO NOVO PAPA
O símbolo possui a mensagem "Miserando
atque eligendo" - "COM MISERICÓRDIA O CHAMOU".
No
último domingo, o Papa reabriu sua conta no Twitter. “Queridos amigos, agradeço-lhes
de coração e lhes peço que continuem a rezar por mim” é a primeira mensagem enviada
depois da oração do Angelus. Assinado, “Papa Francisco”.
Poucos,
aprofundaram no verdadeiro sentido da
renúncia de Bento XVI e na qualidade de seu legado. O papa emérito, intelectual
de grande estatura e homem de uma humildade que desarma, sempre foi julgado com
o falso molde de um conservadorismo exacerbado. Mas, de fato, foi o grande
promotor da implantação do Concílio Vaticano II, o papa que mais avançou no
diálogo com o mundo islâmico, o pontífice que empunhou o bisturi e tratou de
rasgar o tumor das disputas internas de poder e o câncer dos desvios sexuais.
Sua
renúncia foi um ato moderno e revolucionário. Bento XVI não teve nenhum receio
de mostrar ao mundo um papa exausto e sem condições de governar a Igreja num
período complicado e difícil. Foi sincero. Até o fim. Ao mesmo tempo, sua
renúncia produziu um vendaval na consciência dos cardeais. A decisão foi a
chave para o início da urgente e necessária reforma da Igreja. Nada disso, no
entanto, apareceu na cobertura da mídia. Faltou profundidade, análise séria.
Ficamos todos focados nos boatos, nas intrigas, na ausência de notícia.
Falou-se diariamente do relatório (ao qual ninguém teve acesso) dos cardeais
denunciando supostos escândalos no Vaticano. Os jornais entraram de cabeça no
mundo conspiratório.
Claro que alguns representantes da Igreja têm
importante parcela de culpa. É notável o amadorismo, o despreparo e a falta de
transparência da comunicação eclesiástica. O novo pontífice precisa enfrentar a
batalha da comunicação. E dá toda a impressão de que o papa Francisco está
decidido a estabelecer um diálogo direto e produtivo com a imprensa
Nenhum comentário:
Postar um comentário