Posição do Conselho Federal de Medicina está longe
de ser unanimidade entre médicos
Num posicionamento recente, a Associação Espanhola de Bioética e Ética
Médica, de um país onde o aborto é amplamente permitido, afirma que “a
destruição do feto no seio materno não é um ato médico. [...] Por isso,
qualquer profissional da saúde pode se opor a realizar tal ato, ou colaborar
com ele, por não ser uma obrigação derivada do exercício de sua
profissão."
(Disponível em: http://www.aebioetica.org/archivos/Respecto%20objecion%20conciencia2012.pdf)
(Disponível em: http://www.aebioetica.org/archivos/Respecto%20objecion%20conciencia2012.pdf)
Diante da recente declaração do Conselho Federal de Medicina sobre a
possibilidade de ampliação do aborto “legal” no Brasil até o terceiro mês de
gestação, afirmou o Dr. João Batista Soares, presidente do Conselho Regional de
Medicina-MG. "Não é uma questão religiosa...
Enquanto médicos, entendemos
que nossa obrigação primeira é com a vida. Existem situações especiais que
justificam [o aborto]. Agora, simplesmente porque a mulher não quer ter aquele
filho, aí somos contra." O Conselho Regional de Medicina de Minas aprovou
um texto contrário à proposta do Conselho Federal. Dr. Soares ainda lembra que
um terço dos conselheiros foi contra a proposta, não sendo assim unânime.(fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1249869-medicos-defendem-abortos-ate-a-12-semana-de-gestacao.shtml)
Comissão Nacional da Pastoral Familiar ressalva "a escolha da vida
deve prevalecer"
Dom João Carlos Petrini, Presidente da Comissão Vida e Família da CNBB,
afirmou para a Folha que "o que consideramos grave nesse contexto é o
poder 'educativo' que é deseducativo, na verdade-- que um órgão importante como
o Conselho Federal de Medicina tem, o poder de criar mentalidades". E
acrescentou que a escolha da vida deve prevalecer: "Do contrário, se
fortalece uma mentalidade que favorece o recurso à violência e à morte. E
justamente num contexto em que o Brasil está assolado por índices de violência
que nos colocam em situação parecida com países que estão em guerra."
(fonte:http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1249869-medicos-defendem-abortos-ate-a-12-semana-de-gestacao.shtml)
(fonte:http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1249869-medicos-defendem-abortos-ate-a-12-semana-de-gestacao.shtml)
Vê-se, na posição do Dr. João Batista
que a declaração do Conselho Federal de Medicina está longe ser unânime entre
os médicos dos conselhos, quanto mais de todo o Brasil.
Ademais, ainda não se viu o Conselho
se dirigir à imprensa com tanta força para se declarar por melhores condições
no âmbito da saúde no Brasil, que há muito pede socorro. Espera-se que o
Conselho Federal de Medicina não esteja somente querendo fazer o jogo político
e econômico ditado por pressões ideológicas, pois o Brasil poderia e deveria
estar aprendendo com os países onde o aborto foi legalizado. Por exemplo,
Portugal aumentou 30% o número de abortos depois de sua legalização, tendo como
efeito gastos elevadíssimos para a saúde pública.
Há tantas outras e maiores urgências na área da saúde da mulher para se evitar a mortalidade feminina que mereceriam maior ênfase.
Há tantas outras e maiores urgências na área da saúde da mulher para se evitar a mortalidade feminina que mereceriam maior ênfase.
Por isso, médicos, e todo cidadão
brasileiro, tem direito de reagir em relação a tal posicionamento.
Pe. Rafael Fornasier
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